Quando estive em Israel, uma das coisas que mais me encantaram foi a quantidade de flores e jardins espalhados por todo o país. É impressionante como, mesmo em meio a áreas desérticas e regiões de clima árido, a vida floresce com uma beleza quase sobrenatural.
Cada jardim parecia contar uma história — talvez não só de cultivo, mas de fé, de promessa, de renascimento. Lugares como Jerusalém, Haifa e Tel Aviv não apenas preservam a história milenar do povo de Deus, mas também florescem literalmente, como se a terra respondesse à presença de algo sagrado.
Em Haifa, por exemplo, os Jardins Baha’i são uma visão celestial. Os terraços, perfeitamente simétricos e repletos de flores, parecem nos conduzir ao céu. Embora os jardins pertençam a outra tradição religiosa, não pude deixar de sentir uma conexão profunda com o Deus criador, que é o Deus da beleza e da ordem.
Na Bíblia, o jardim tem um papel simbólico muito forte. O próprio Éden era um jardim — um lugar onde o homem e Deus caminhavam juntos. Em Cantares de Salomão, os jardins são metáforas de amor e comunhão. E até mesmo o Jardim do Getsêmani, em Jerusalém, é um lugar sagrado de entrega e oração.
Andar por Israel é como caminhar entre capítulos da Bíblia. Mas ver tantas flores ali me fez pensar que a história continua viva, como se a terra ainda cantasse os salmos antigos através do perfume das flores.
Se você, como eu, ama as histórias bíblicas, saiba que em Israel não são apenas as pedras que falam — os jardins também contam histórias. Histórias de vida, de fé e de uma terra que floresce mesmo após tantos desafios. Talvez seja por isso que o profeta Isaías escreveu:
"O deserto e a terra ressequida se alegrarão; o ermo exultará e florescerá como a tulipa." (Isaías 35:1)
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